terça-feira, 5 de julho de 2011

Já começaram as atividades do projeto Agropecuária na Escola


            Já está a todo vapor o Agropecuária na Escola. Um projeto sócio educativo, didático e cultural, promovido pela União Ruralista Rio Doce – URRD, que visa proporcionar a interação e a integração dos alunos da rede pública com a Exposição Agropecuária de Governador Valadares – Expoagro GV, que acontece de 8 a 17 de julho, no Parque de Exposições José Tavares Pereira.
Durante 10 dias, o Projeto Agropecuária na Escola leva para dentro do parque crianças da rede pública de ensino, com o objetivo de apresentar como funciona a vida no campo. Com temas preparados para uma abordagem educativa, a programação do projeto consiste em uma excursão cultural temática monitorada, onde os participantes fazem um passeio e conhecem as diversas estações previamente preparadas que contarão com a exposição de animais como ovinos, caprinos, bovinos e eqüinos, as cadeias produtivas da carne e do leite e a importância do desenvolvimento sustentável, entre outros
            O objetivo é despertar a percepção e o interesse da comunidade estudantil quanto à dinâmica do campo entre elas, a produção agrícola, a preservação ambiental, técnicas de manejo, a cadeia produtiva e ainda destacar a importância da agropecuária como futuro profissional e desenvolvimento regional. Em 2010, participaram do projeto 600 alunos com idade entre 10 e 12 anos,e este ano são 10 escolas participantes.
Novidades
            Este ano o Projeto Agropecuária na Escola está com novidades. Com a proposta de ampliar a abordagem da cadeia produtiva como possibilidade de maior desenvolvimento profissional na região, será realizado um concurso de redação com o tema “Agropecuária na Escola – com foco nas profissões”. A redação deverá ter de 25 a 30 linhas e ser entregue na Secretaria Municipal de Educação (SMED), pelo professor responsável até o dia 20 de junho.
            O projeto está em sua primeira etapa. Nessa fase, os alunos e professores receberam informações e orientações sobre o agronegócio, a cadeia produtiva, as etapas do concurso, Expoagro GV e a URRD. Na quarta-feira, dia 1º de junho, haverá uma palestra na Escola Duque de Caxias, às 14h para apresentar todas as informações do projeto. Após as palestras os alunos vão realizar diversas atividades e desenvolver as redações, a proposta é que sejam escolhidas duas redações de cada escola, sendo uma pelo professor e a segunda pelos alunos de cada turma. E para o resultado final, a avaliação será feita pela Academia Valadarense de Letras. A União Ruralista Rio Doce e parceiros premiarão o aluno vencedor, o professor coordenador e a escola. O prêmio do aluno já está definido, em parceria com a Pousada Vale Silvestre, o vencedor ganhará um passeio com toda a turma na pousada. A União Ruralista Rio Doce pretende com esta ação mostrar que é possível ter um mundo melhor para todos, respeitando e aproveitando as habilidades, a percepção e o interesse de cada um.

HISTÓRIA DA EXPOAGRO

A primeira edição da Exposição Agropecuária de Governador Valadares - ExpoagroGV foi realizada pelo Sindicato Rural, em 1969, na fazenda do produtor rural Jother Peres, no bairro São Pedro. Na ocasião, o sindicato era presidido pelo Sr. Mário Moreira Murta. Após dois anos sem a realização do evento, a exposição voltou ao calendário festivo da cidade, em 1971. Esta iniciativa contou com o apoio e decisão do presidente da União Ruralista Rio Doce na época, José Tavares Pereira.  
            A festa foi tomando proporções e precisava ser realizada em outro local. Foi então, que surgiu na trajetória da ExpoagroGV, o Parque de Exposições, local onde hoje sedia o evento. A construção do parque foi pensada por “Zequinha Tavares”, na segunda edição do evento. Para que as obras acontecessem, o presidente da URRD solicitou um empréstimo ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG. A liberação do dinheiro obedecia a regras estabelecidas pela instituição financeira, como a burocracia era grande, José Tavares Pereira optou por pedir doações e, assim, o parque foi sendo construído. Várias são as pessoas que acreditaram no projeto do parque e doaram dinheiro para a construção do local. Os galpões que abrigam os animais durante a ExpoagroGV levam os nomes dos doadores, que se uniram para transformar em realidade o Parque de Exposições. As doações da época correspondiam ao valor de um alqueire de terra da região.
            Inicialmente, todos os bares do parque eram de palha. Posteriormente, Paulo Humberto Sobreira, proprietário de uma serraria, providenciou novos bares e arquibancadas em madeira. A pista central, onde atualmente são realizados os julgamentos dos animais, também foi feita com doações, não somente por parte de fazendeiros da região, como os produtores rurais de todo país, que vinham para a Exposição Agropecuária do Vale do Rio Doce.
 
EXPOAGRO GV
            A URRD realiza a ExpoagroGV desde a sua 2ª edição.  O evento tem se consolidado a cada ano e se tornou referência no segmento de feiras de agronegócio. Durante os dias de evento a mostra possibilita maior aproximação e interação entre a classe de produtores rurais para troca de informações e desenvolvimento do agrobusiness. Os números confirmam o sucesso da ExpoagroGV, em 2010 estiveram expostos no Parque 764 animais. O público pagante foi de 130 mil e o total de pessoas que visitaram a 41ª Exposição Agropecuária de Governador Valadares chegou a 180 mil.
            Em 2010, os leilões realizados durante a 41ª Expoagro movimentaram cerca de R$ 8.000.000,00 (Oito milhões de reais). Esses números, não contam as negociações entre os produtores, que venderam e compraram diretamente um do outro e os financiamentos realizados pelo Banco do Brasil e pela Sicoob Crediriodoce.
            Para este ano, na 42ª Expoagro GV, a diretoria da URRD espera receber mais de 200 mil visitantes, e uma soma de mais de 1.000 animais em exposição, sendo que a reestruturação do Parque de Exposições permite receber até 1.500 animais, entre eqüídeos, caprinos, bovinos. Os negócios devem superar os números de 2010.
 
Principais Objetivos da EXPOAGRO GV 
 
·       Constatar, pela apresentação dos animais, os índices de desenvolvimento da pecuária, comparando-os entre si, a fim de avaliar o progresso ocorrido;
 
·       Proporcionar maior aproximação e interação entre os produtores rurais para troca de informações e desenvolvimento do agrobusiness;
 
·       Motivar o produtor rural, pelo espírito de competição, a aperfeiçoar a qualidade de seus produtos;
 
·       Orientar criadores, técnicos e estudantes de Escolas Superiores de Agricultura, Veterinária e Zootecnia, nas práticas de julgamento de animais e despertar a vocação para oagrobusiness;
 
·       Modernizar e ativar o interesse pela evolução do comércio e da indústria, com a exposição e demonstração de novidades em produtos e equipamentos;
 
·       Oferecer lazer e entretenimento.
Concursos Leiteiros são tradição na Expaogro GV

Os concursos leiteiros são uma tradição na Expoagro GV. Todos os anos eles acontecem
dentro do evento com a participação dos criadores de gado leiteiro que vêem na competição
uma oportunidade de promoção da atividade leiteira, além do incentivo da melhoria genética
 de seus rebanhos e divulgação do potencial da pecuária leiteira da região. Este ano a
Expoagro GV terá três concursos leiteiros, promovidos pelos criadores das raças Gir,
Guzerá e Cooperativa Agropecuária do Vale do Rio Doce.

2º Concurso Leiteiro da Raça Gir
09/07 - Esgota
Horário: 22h
10, 11 e 12/07
Horários: 6h - 1ª Ordenha
                 14h - 2ª Ordenha
                  22h - 3ª Ordenha

Concurso Leiteiro Guzerá
12/07 - Esgota
Horário: 14h
12, 13, 14 e 15/07
Horários: 6h - 1ª Ordenha
                 14h - 2ª Ordenha
                  22h - 3ª Ordenha


34º Concurso Leiteiro da Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce
13/07 - Esgota
Horário: 22h
14, 15 e 16/07
Horários: 6h - 1ª Ordenha
                 14h - 2ª Ordenha
                  22h - 3ª Ordenha
Ápice Comunicação Integrada
Assessoria de Imprensa URRD

A merenda escolar é um estímulo para a agricultura familiar

Foto - Marcelo Lara
Creche em Minas Gerais. Crianças de 0 a 4 anos que recebem produtos da agricultura familiar
Comprar alimentos da agricultura familiar vai muito alem de uma lei.  Depende da organização dos produtores e principalmente da boa vontade e gestão das prefeituras.  Na prática quando tudo dá certo os resultados impressionam e todo mundo sai ganhando.  Na visita que fiz em Conceição das Alagoas conheci a associação dos produtores que foi criada em 2009, no mesmo ano que entrou em vigor a lei da merenda escolar que obriga o uso  de 30 por cento da verba para compra de alimentos na pequena propriedade.   A associação apostou nisso, e hoje atende 07 municípios do triangulo mineiro.  Os 53 produtores fizeram uma parceria com um laticínio e estão industrializando o leite, com marca própria “ BOA VISTA”.   Tomei o iogurte e fiquei impressionado com a qualidade.  São os alimentos que estão chegando nas escolas.  Visitamos uma creche e a turminha estava comendo pão de queijo feito com ovos, queijo e leite produzidos na região, e tomando leite e iogurte.  Tudo adequado ao paladar regional e com qualidade.
Foto Marcelo Lara
Renato e Luciano Sene Sousa, irmãos que vão dobrar a produção de leite graças a merenda escolar.
O presidente da associação Wellington Sene Sousa,  aliás a família Sene Sousa está espalhada por Conceição das Alagoas tem até uma dupla sertaneja SENE & SOUSA.  A maioria é do campo,  vendem de alface até música.    Toda esta interação é importante para circular a receita na região e não deixar grandes atacadistas dominarem a merenda escolar sem critério de quem vai as compras, e fica naquela situação que vimos em denúncias no Fantástico.    Estamos assistindo mudanças, esperamos que os conceitos de fato mudem para termos cidadania.
Foto- Junior
Sebastião Campos Sene, está produzindo cinco vezes mais do que no ano passado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Brasil poderá ser o maior produtor de alimentos do mundo, diz senadora Kátia Abreu



O Brasil está diante da possibilidade de ser o maior produtor mundial de alimentos, com a aprovação integral do novo Código Florestal Brasileiro, em debate no Senado Federal depois de aprovado na Câmara, com 410 votos a favor e 63 contra. A opinião é da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. Ela participou, ontem (27/6), da reunião conjunta dos conselhos Político e Social e de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Estamos no momento de decidir se vamos ganhar dinheiro com a produção agrícola ou se vamos ser apenas uma grande reserva legal de florestas do mundo", disse.
Segundo levantamento da CNA, somente com a promulgação do texto do Código Florestal será possível alcançar o crescimento de 23% da produção de grãos (soja, milho, feijão, arroz, trigo, cevada, centeio, aveia, amendoim e algodão) no País previsto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atingindo 175,8 milhões de toneladas em dez anos. Para a pecuária, a estimativa é de aumento de 26,5% na produção de carnes (bovina, suína e de aves), totalizando 31,2 milhões de toneladas na próxima década.
Reservas – O território brasileiro é formado por 851 milhões de hectares. Destes, 27% (236 milhões) estão destinados à produção agropecuária. Outros 11% (93,9 milhões de hectares) são reservas legais localizadas dentro das propriedades rurais. Descontados os territórios urbanos, o País tem ainda cerca de 62% de seu território destinado a reservas ecológicas, áreas demarcadas e de preservação ambiental. "As entidades ambientais e ONGs querem dobrar o volume de reserva legais localizadas dentro das propriedades", observou Kátia Abreu.
Em sua exposição na defesa da atualização do atual Código Florestal de 1965, a senadora afirmou que o Brasil é capaz de ampliar a produção de alimentos, silvicultura e biocombustíveis sem a expansão desordenada da área desmatada. De acordo com a senadora, o País deve cumprir a meta de redução de 80% de desmatamento da Região Amazônica e a diminuição das emissões de gases efeito estufa em 39% oito anos antes do prazo estipulado – 2020. O compromisso foi assumido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-15), realizada em 2009, em Copenhague (Dinamarca).
Associação – O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, observou que o País vivencia hoje uma grande revolução na produção agropecuária, na produtividade e ocupação de áreas degradadas e mesmo assim ainda existe uma enorme reação contra quem produz. "Acreditamos que o Código Florestal vai normalizar todas as relações entre os produtores e a sociedade", afirmou. Segundo Amato, tanto a ACSP quando a Facesp estão engajados na luta da CNA pela atualização do Código Florestal para atender aos anseios da livre iniciativa e o direito à propriedade.
Debate – O vice-governador de São Paulo e vice-presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, elogiou o debate. Segundo ele, a discussão é importante, pois o Brasil passa por grandes transformações e somente com posições muito claras a respeito das questões primordiais, como o ambiente, pode-se chegar a regulamentações que encaminhem o desenvolvimento nacional.
Assessoria de Comunicação CNA (com informações do Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo)
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br

domingo, 19 de junho de 2011

CNA alerta para início do período de queimadas e para os prejuízos dos incêndios florestais
A CNA alerta os produtores rurais de todas as regiões do país para o início, neste mês de junho, do período de queimadas, prática que se for aplicada sem os devidos cuidados técnicos pode resultar em grandes prejuízos para o campo e para as cidades. O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez, lembra que o Decreto 2.661, de 8 de julho de 1998, bem como o atual Código Florestal, permitem o emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais, desde que autorizado por órgão ambiental e seguindo uma série de regras.

O problema é quando o fogo foge do controle e se transforma num incêndio florestal, destruindo inúmeros bens materiais e provocando o empobrecimento gradual do solo, perda de biodiversidade e danos à rede de transmissão elétrica. Preocupa a CNA o fato de que, muitas vezes, os focos de fogo têm origem nas margens de estradas ou rodovias que cortam as propriedades rurais. Nesse caso, as chamas são desencadeadas por pontas de cigarro jogadas dos carros que transitam nessas vias.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA lembra que é preciso alertar a população para os efeitos incontroláveis que uma atitude como essa podem resultar. “Não é só a população que sofre com os efeitos das queimadas e os danos ao meio ambiente. Os produtores rurais são, normalmente, os principais prejudicados, tanto pelos efeitos diretos como também os efeitos indiretos sobre o a fertilidade do solo. Enfim, o mau uso do fogo faz com que todos saiam perdendo", afirma Assuero Veronez.

A CNA também revela que, por uma questão cultural, atear fogo é uma prática comum em áreas de assentamento da reforma agrária e em terras indígenas, situação que só pode ser alterada a partir de um trabalho educativo que tenha o objetivo de alertar sobre os riscos desta prática. O fogo, acrescenta Veronez, é uma prática que foi abolida na grande maioria das grandes propriedades rurais, que adotaram técnicas modernas de mecanização em substituição ao fogo. “Os pequenos não dispõem dessas tecnologias e são obrigados a usar o fogo para limpar as áreas de subsistência”, explica.

O que diz a lei – A legislação autoriza a queima de áreas, desde que o produtor tenha autorização do órgão ambiental, que vai licenciar a propriedade para uso do fogo. Ao fazer o pedido de autorização para queimada, o produtor receberá uma série de instruções de como a prática deve ser realizada. Segundo Veronez, é preciso ter, na propriedade, equipamentos de combate a incêndios, além de uma equipe de funcionários treinados pelo Corpo de Bombeiros que atuará no controle das chamas. Para evitar que o fogo se espalhe, é preciso que sejam construídos aceiros. Além de considerar as condições do terreno e as características da vegetação, é preciso avaliar as variáveis meteorológicas, tais como intensidade e direção do vento predominante, temperatura, umidade e incidência de luz.
CNA

Notícias CNA



16/06/2011 | Meio ambiente

Novo Código Florestal será discutido em audiências públicas no Senado

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (16/6), requerimento do presidente do colegiado, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que propõe a realização de uma série de audiências públicas para discutir a proposta de atualização do Código Florestal (PLC 30/2011), aprovada há três semanas na Câmara dos Deputados. Pelo requerimento, os debates serão realizados em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CMA) da Casa. Entre os convidados que deverão participar dos debates, estão os ex-ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues. Também serão chamados a debater o assunto os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gustavo Cursio e Evaristo Miranda, além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Federação dos trabalhadores da Agricultura de Santa Catarina (FETAESC). As datas das audiências ainda não foram definidas.
Na mesma sessão, os senadores da CRA aprovaram a realização de uma audiência pública para discutir a situação dos acordos internacionais que influenciam diretamente as cadeias produtivas do leite, arroz, trigo, carne e vinho. Entre os debatedores que deverão participar da audiência estão o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite (CNPL) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim; o diretor do Instituto Brasileiro do Vinho (IBV), Carlos Paviani; e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Antônio Camardelli. A realização da audiência foi proposta por requerimento apresentada pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS).
O cooperativismo também entrou na pauta de hoje da CRA. Os membros da comissão aprovaram a realização de um encontro em Ji-Paraná, no Estado de Rondônia, no próximo dia 15 de julho, para discutir o associativsimo e o cooperativismo como instrumento de apoio aos produtores rurais. O encontro será realizado durante a 32ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Ji-Paraná. Devem participar do encontro o ex-senador e atual vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, representantes do governo de Rondônia, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entre outros.

Assessoria de Comunicação CNA (Com informações da Agência Senado)
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Semana de 13 a 17 de maio de 2011

Nesta semana tivemos o curso de Saúde reprodutiva para um grupo especial da FETAEMG e também o curso de Inseminação Artificial para um grupo da COAPERIODOCE no Bugre. Agradecemos aos parceiros: FETAEMG, FAZENDA PARAISO E COAPERIODOCE.

domingo, 12 de junho de 2011

Semana de 06 a 10 de maio de 2011

Nesta semana voltamos a Periquito para o Curso de Vaqueiro em outra Comunidade, desta vez na fazenda do sr. Osni Bragança. Parceiros: Prefeitura Municipal, Secretaria de Agricultura e COAPERIODOCE. Foi somente este evento. Agradecemos a parceria.

domingo, 5 de junho de 2011

semana de 30 de maio a 03 de junho de 2011

Tivemos só o evento de Doma Racional. Turma excepcional do Cafezinho. Gostaram muito do instrutor, fizeram até camisa do evento, coisa inédita. Ficou marcado o retorno para agosto nesta comunidade.

terça-feira, 31 de maio de 2011

semana de 23 a 27 de maio de 2011

Esta semana tivemos dois eventos. Curso de vaqueiro para a Comunidade km 14 e Casqueamento para Associação Zebu.  Parceiros: URRD, ZEBU, COAPERIODOCE. Foi semana de parcerias e de satisfação do dever cumprido.











terça-feira, 24 de maio de 2011

Semana de 16 a 20 de maio de 2011

Tivemos dois eventos: Inseminação Artificial e Tratorista. Ambos com parceria total. Agradecemos a CAPEL e PREFEITURA MUNICIPAL DE SARDOÁ. Valeu Zezinho pelas laranjas e mexericas!!!!

domingo, 22 de maio de 2011

Pensamentos

“Para os crentes Deus está no princípio das coisas. Para os cientistas no final de toda a reflexão.” Max Planc

“Que os homens aprendam pelo menos qual a fé que rejeitam antes de rejeitá-la.” Blaise Pascal

“A fé não subsiste em simples oposição à dúvida, mas continua embutida na dúvida até o final. Elas coexistem.” John Caputo

“O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele.” Friedrich Nietzsche

“Deus não despede ninguém vazio, exceto aqueles que estão cheios de si mesmos.” Dwight Moody

“O propósito da vida é viver uma vida de propósito.” Richard Leider

“Desfrute as pequenas coisas, porque um dia você poderá olhar para trás e perceber que elas eram grandes coisas.” Robert Brault

“De nada adianta correr se estamos na estrada errada.” Provérbio alemão

“É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se quiser conhecer as borboletas.” Saint-Exupèry

“A evolução é erroneamente tomada como uma explicação. Ela tem o condão fatal de deixar em muitas mentes a impressão de que elas a entendem e entendem todo o resto; da mesma forma que muitos alimentam a falsa impressão de que leram A Origem das Espécies. [...] perpassa todo o tratamento racionalista da história essa ideia curiosa e confusa de que a dificuldade é evitada, ou mesmo o mistério é eliminado, pela consideração da simples protelação ou de algo que retarde o processo das coisas. [...] a questão aqui é a falsa atmosfera de facilidade e despreocupação conferida pela mera sugestão de ir devagar.” G. K. Chesterton, O Homem Eterno, p. 25

“Os cristãos, se fossem realmente remidos, deviam parecer mais alegres.”Friedrich Nietzsche

“Fé não é acreditar que Deus pode, mas que Deus quer.” Abrahan Lincoln

“Há tanta coisa boa no pior de nós, e tanta coisa ruim no melhor de nós, que dificilmente convém a qualquer de nós falar sobre o resto de nós.” Edward Wllis Hoch

“Dúvida é uma pergunta sincera. Descrença é não querer ouvir a resposta.”Ian Judson

“Fé não é acreditar sem provas, é confiar sem reservas — confiança em um Deus que Se mostrou digno dessa confiança.” Michael Green

“Antes de escrever, deve-se aprender a pensar.” Nicolas Boileau

“O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, e, se é verdade, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância.” C. S. Lewis

“A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão.” John Wesley

“Você não é tão mau para ingressar na igreja, nem tão bom para permanecer afastado dela.” E. C. McKenzie

“A competição desperta o que há de melhor nos produtos e o que há de pior nas pessoas.” David Sarnoff

“Um homem que ousa desperdiçar uma hora ainda não descobriu o valor da vida.” Charles Darwin

“O semeador e o pregador é nome; o que semeia e o que prega é ação; e as ações são as que dão o ser ao pregador. Ter nome de pregador ou ser pregador de nome, não importa nada; as ações, a vida, o exemplo, as obras, são as que convertem o mundo. O melhor conceito que o pregador leva ao púlpito, qual cuidais que é? É o conceito que de sua vida têm os ouvintes.”Pe. Antônio Vieira, século XVII

“Tanta gente quer entrar no Big Brother. Pra quê? Pra começar uma carreira de ex-BBB? Começar a ser ex?” Alexandre Santos e Silva

“A Internet aproxima quem tá longe, mas afasta quem tá perto.” Lídia Freitas

“Se eu crer em Gênesis 1:1, 'No princípio Deus...', o restante da Bíblia não será problema para mim.” A. W. Tozier

“Não encontro dificuldade em Jonas ser engolido por um peixe. Eu acreditaria no relato ainda que a Bíblia dissesse que foi Jonas que engoliu o peixe!” Billy Graham

“É bom desmascarar os nossos pecados, para que eles não nos desmascarem.” Thomas Watson

“Os ateus têm um deus em que nem eles acreditam.” Millôr Fernandes

“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas; os livros só mudam as pessoas.” Mário Quintana

“Na boca de quem não presta quem presta não vale nada.” Anônimo

“Os homens sempre precisam estar pesquisando, sempre aprendendo; contudo, há um infinito além.” Ellen G. White

“Um homem piedoso não irá até onde ele pode, para que não vá mais adiante do que ele deve.” Thomas Watson

“Aquele que aprendeu a lidar construtivamente com sua angústia, aprendeu o mais importante.” Soren Kierkegard

“Não é que eles não vejam a solução. O que eles não enxergam é o problema.” G. K. Chesterton, escritor britânico

“Jesus não esmagou a Tomé com censuras, nem entrou com ele em discussão. (...) por Seu generoso amor e consideração, derribou todas as barreiras. Raramente se vence a incredulidade pela discussão. antes isso como que a põe em guarda, encontrando novo apoio e desculpa.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 808

“A ciência nos dá o conhecimento do mundo e a religião nos dá o significado.” Michael Keller, pesquisador polonês que formulou a Teologia da Ciência

“Gene é o programa mais sofisticado que roda por aí.” Bill Gates

“Em geral o homem crê só por ouvir discursos. Deveria, porém, raciocinar um pouco.” Johann Wolfgan von Goethe, escritor alemão

“Onde está a vida que perdemos vivendo? Onde está a sabedoria que perdemos com o conhecimento? Onde está o conhecimento que perdemos com a informação? Os ciclos do céu em vinte séculos nos levaram para mais longe de Deus e mais próximos do pó.” T. S. Eliot (1888-1965)

“Uma vida sem ponderação não é digna de ser vivida.” Sócrates 

“A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito.” Denis Diderot

“Não desperdice o tempo, pois é disso que a vida é feita.” Benjamin Franklin

“Nenhum homem é honesto, até que seja honesto para com Deus.” Roy Smith

“Um pouco de filosofia inclina a mente do homem para o ateísmo, mas a profundidade em filosofia o avizinha da religião.” Francis Bacon

“A superstição é para a religião o que a borra é para o vinho, e os resíduos para os metais.” Benjamin Franklin

“O cristão é a Bíblia do mundo; mas em alguns casos uma revisão se torna necessária.” Dwight Moody

“Quase sempre preferimos o conforto da opinião sem o desconforto da reflexão.” John F. Kennedy

“O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.” Millôr Fernandes

“Quem se senta no fundo de um poço para contemplar o céu, há de achá-lo pequeno.” Han Yu

“A probabilidade de a vida originar-se por acaso é comparável à probabilidade de um dicionário completo surgir como resultado da explosão de uma tipografia.” Edwin Conklin

“Os preconceitos ocupam uma parte do espírito e infectam a outra.” Nicolas de Malebranche

“Nunca tenha medo da dúvida se você tem a disposição de acreditar.”Samuel Coleridge

“A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe.” Agostinho

“Um homem sem um país é um exilado no mundo; um homem sem Deus é um órfão na eternidade.” Henry van Dyke

“Algumas das maiores dádivas de Deus são preces não atendidas.” Garth Brooks

“Se você pensa que alguma coisa está certa só porque todos acham isso, não está pensando.” Vivienne Westwood

“O Universo, por si só, exige a existência de um ser superior que foi capaz de fazer dele uma realidade. Se não há um Deus Criador, então, fica difícil, senão impossível, explicar a existência da vida.” Guttfried Wilhelm Leibnitz

“Cada fórmula que expressa a lei da natureza é um hino de louvor a Deus.”Maria Mitchell

“O darwinismo funciona como o mito cosmológico central da cultura moderna - como a peça central de um sistema quase religioso que é conhecido como sendo verdadeiro a priori em vez de uma hipótese científica que deve ser submetida a rigoroso teste.” Phillip Johnson, Darwin on Trial [Darwin no banco dos réus]

“Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem.” Robert Musil, em O Homem sem Qualidades

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” Paulo Freire

“Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é.”John Wooden

“Pertencemos ao lugar aonde queremos ir.” Wernher Von Braun

“Quando se crê em Deus, não há cotidiano sem Milagres.” Nikos Kazantzakis

“Não podemos mostrar a Cristo nosso amor, porque não podemos vê-Lo. Mas diariamente encontramos nossos vizinhos - podemos fazer por eles o que gostaríamos de fazer por Cristo.” Madre Teresa de Calcutá

“Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados, que poderíamos ter ganho.” Ellen G. White

“Há um vazio no formato de Deus no coração de todo homem.” Blaise Pascal

“Nossos corações não repousam até que encontrem repouso em Ti.”Agostinho

“A desgraça do ignorante consiste em julgar, não sendo ele nem distinto nem inteligente, que o é o quanto lhe basta; ora, quem não se vê carecido de alguma coisa, não aspira àquilo que não imagina lhe esteja faltando.”Sócrates

“A praga de nossa época é a falta de sentido. A pessoa moderna tem meios para viver, mas muitas vezes não tem um significado pelo qual viver.” Victor Frankl

“Aquele que tem um porquê pelo qual viver pode suportar quase qualquer coisa.” Friedrich Nietzsche

“O hoje é meu. O amanhã não é da minha conta. Se eu insistir em tentar olhar pelo nevoeiro do futuro, vou estragar meus olhos espirituais e isso impedirá que eu veja claramente o que é exigido de mim agora.” Elisabeth Elliot, Keep a Quiet Heart

“Se somos escravos da circunstância, certamente falharemos em aperfeiçoar um caráter cristão. Você precisa dominar as circunstâncias, e não permitir que as circunstâncias o dominem.” Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 46, 47

“As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas e, no entanto, elas passam por si mesmas sem se admirarem.” Santo Agostinho

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Decisões Extremas

“Decisões Extremas” surpreende logo no seu início. E não falo de invencionices do roteiro ou qualquer coisa envolvendo a história em si. Surpreendente é ver, pela primeira vez desde Star Wars, Harrison Ford não ser o nome principal a ser creditado. O longa-metragem é produzido pelo ator que, talvez até por isso, tenha se sentido menos tentado a encabeçar o elenco, deixando a função para Brendan Fraser. É no mínimo curioso.


Decisões Extremas tem direção de Tom Vaughan e roteiro assinado por Robert Nelson Jacobs, baseado no livro The Cure, da jornalista vencedora do Pullitzer Geeta Anand que, por sua vez, baseou-se em fatos reais.


Na trama, John Crowley (Fraser) é um homem de família, casado com a bela Aileen (Keri Russell) e pai de três filhos. Os Crowley tentam de todas as formas manter uma rotina normal, mesmo tendo de encarar uma batalha diária: dois de seus três filhos tem a doença de pompe, uma doença degenerativa que afeta os músculos e sistema nervoso. De acordo com as pesquisas de John, as crianças têm expectativa de vida até os 9 anos de idade, o que o deixa desesperado por uma solução para o problema. Ao conhecer as pesquisas do Dr. Robert Stonehill (Ford), Crowley percebe uma luz no fim do túnel, larga seu trabalho e passa a dedicar todo o seu tempo a angariar fundos para a descoberta da cura para a doença. No entanto, Stonehill não é uma figura nada fácil de trabalhar.


Para início de conversa, Brendan Fraser consegue uma atuação – ainda que nada uniforme – bastante comovente, merecendo créditos pela escolha de um papel diferente do habitual. John Crowley é totalmente abnegado aos filhos e não mede esforços para resolver a situação. Homem de negócios, ele é a pessoa perfeita para dar vida às pesquisas de Robert Stonehill, um professor que tem ideias revolucionárias na teoria, mas nunca as coloca em prática. Harrison Ford pratica o seu feijão com arroz para encarar um papel que parece ser escrito sob medida para ele. Portanto, não é de se estranhar que o ator esteja tão à vontade como o doutor. As crianças do elenco, Meredith Droeger, Diego Velazquez e Sam M. Hall, dão conta do recado e têm boas atuações.


Com uma história de superação de adversidades, Decisões Extremas ganha pontos por apresentar ao espectador uma trama que consegue, ao mesmo tempo, apresentar uma doença terrível e seus problemas, mas também mostrar que é possível arregaçar as mangas e trabalhar para se encontrar uma solução.


(Paradoxo)

QUARTA-FEIRA, SETEMBRO 22, 2010


Como Estrelas na Terra

Contam-se nos dedos os bons filmes produzidos por Hollywood. Infelizmente, o mesmo pode ser dito de Bollywood, a indústria de cinema indiana. Por isso, é uma grata surpresa se deparar com pérolas raras como o filme “Como Estrelas na Terra – Toda criança é especial” (“Taare Zameen Par – Every child is special”, no original, lançado nas salas indianas no fim de 2007). O filme rapidamente conquistou uma legião de admiradores na Índia e no mundo, recebendo os prêmios de melhor filme e melhor ator pela crítica, além do prêmio de melhor direção, para Aamir Khan, e de melhor letra de música pelo Filmfare Awards.


“Como Estrelas na Terra” revela extrema sensibilidade e consegue captar a magia do universo infantil, mostrando que crianças são crianças em qualquer lugar do mundo. A história é centrada em Ishaan Awasthi, de 8 ou 9 anos de idade, que sofre com dislexia, dificuldade de aprendizado e, pior, incompreensão. O filme contrasta o mundo massificante orientado para o capitalismo com a valorização do indivíduo, com suas diferenças, virtudes e defeitos.


Incapazes de lidar com o “filho problema”, os pais de Ishaan resolvem matriculá-lo num colégio interno. Ali o garoto se fecha ainda mais em seu mundo depressivo. Com saudades da família e oprimido por professores insensíveis, o menino começa a “morrer” aos poucos.


Mas tudo muda quando um professor de arte substituto chega ao colégio e percebe que há algo de errado com Ishaan. Tem início, então, a aventura de “ressuscitar” o garoto que, na verdade, se revela um gênio da pintura.


É um filme emocionante, bem feito e que vale a pena ser visto por toda a família.


Michelson Borges

DOMINGO, AGOSTO 08, 2010


Um Sonho Possível

Se não fosse uma história real, eu a consideraria quase inverossímil, mas como é, pode-se dizer que se trata de um bom exemplo de como os seres humanos ainda podem manifestar amor desinteressado – tão desinteressado que chega a levantar suspeitas. É o que acontece no filme “Um Sonho Possível”, estrelado por Sandra Bulluck, no papel que lhe concedeu o Globo de Ouro de melhor atriz em 2010. A família de Leigh Anne Touhy (Bullock) dá abrigo a um garoto negro e pobre, e as amigas ricas não compreendem a atitude de Leigh, que acaba sendo até mal interpretada. É um verdadeiro tapa na cara de uma sociedade não acostumada a esse tipo de atitude bondosa e uma prova de que, quando ajudamos ao próximo, o maior beneficiado somos nós mesmos. Ao receber Michael como filho, a família passa por várias transformações para melhor.


Michael Oher (Quinton Aaron, o jovem pobre, no filme) vive como um sem-teto e proveio de uma família totalmente desestruturada. Apesar dessas desvantagens, é dono de um coração bondoso e gosta de proteger as pessoas que ama – o que não se torna muito difícil, já que ele é quase um gigante. A certa altura, graças a seu potencial esportivo, Michael é matriculado na escola em que o filho de Leigh estuda. E assim ele acaba conhecendo a família.


Quando Michael começa a se destacar no time de futebol da escola, desperta o interesse de algumas universidades. Mas, para poder ingressar em qualquer uma delas, ele precisa melhorar – e muito – as notas na escola. Mais uma vez, a família o ajuda a superar também esse desafio. Talvez o título dado ao filme em português tenho sido inspirado nesses desafios e superações de Michael. No original, o título é “The Blind Side”, e tem que ver com a atitude de proteger um colega de time quando ele é marcado em seu “ponto cego” pelo adversário.


É um filme que mostra o que há de melhor no ser humano. Vale a pena ser assistido. E imitado.


Michelson Borges

TERÇA-FEIRA, JULHO 20, 2010


Sempre ao Seu Lado

“A inteligência apresentada por muitos mudos animais chega tão perto da inteligência humana que é um mistério. Os animais vêem e ouvem, amam, temem e sofrem. Eles se servem de seus órgãos muito mais fielmente do que muitos seres humanos dos seus. Manifestam simpatia e ternura para com seus companheiros de sofrimento. Muitos animais mostram pelos que deles cuidam uma afeição muito superior à que é manifestada por alguns membros da raça humana. Criam para com o homem apegos que se não rompem senão à custa de grandes sofrimentos de sua parte” (A Ciência do Bom Viver, p. 315, 316).


Enquanto assistia ao filme “Sempre ao Seu Lado” (EUA, 2009), lembrei-me do texto acima, escrito por Ellen G. White há mais de cem anos. O filme conta a história de Hachiko (um cão da raça akita) e seu dono, o professor de música Parker Wilson (Richard Gere). Todos os dias Hachiko acompanhava o dono até a estação de trem e estava lá, no fim da tarde, para recebê-lo. A produção é baseada em fatos reais ocorridos no Japão, na década de 1930. Em 1987, a versão cinematográfica japonesa “Hachiko Monogatari” também fez muito sucesso.


É um filme emocionante que faz pensar em valores como fidelidade, amizade, companheirismo e mostra que os animais realmente “criam para com o homem apegos que se não rompem senão à custa de grandes sofrimentos de sua parte”.


Michelson Borges


Leia também: “As lições que a Psita nos ensinou”

SEGUNDA-FEIRA, JULHO 12, 2010


Um homem invictus

Nelson Mandela é um homem que não foi derrotado; é um homem invicto. Após quase 30 anos na prisão sob a linha segregacionista do regime apartheid, Mandela saiu da cela prisional para o salão presidencial. Com o poder nas mãos, ele tinha tudo para encarnar os temores de uma grande parcela dos brancos da sociedade sul-africana: vingança, revanchismo, ajuste de contas. Com o poder nas mãos, ele tinha tudo para incorporar as expectativas de uma grande parcela dos negros sul-africanos: idem, idem, idem. Mandela, porém, superou os preconceitos e medos de todos os lados ao propor a construção de uma nova sociedade baseada na reconciliação. Para tanto, duas decisões foram significativas. Primeiro, a realização do chamado “Comissão da Verdade e da Reconciliação”. Em vez de estimular uma caça aos promotores sanguinolentos do apartheid ou conduzir uma anistia ampla e irrestrita apenas como forma de esquecimento dos horrores da segregação racial, aquele tribunal colocava cara a cara ofensores e ofendidos. Como uma espécie de tribunal moral, ali começava o processo de pacificação sem o qual o país mergulharia na vingança sem fim.


A outra forma de reagregar o país dividido foi a decisão de Mandela de incentivar a conquista da Copa do Mundo de rugby pela seleção sul-africana, no ano em que a sede do evento seria a África do Sul. A divisão racial tinha levado os negros a identificar a seleção nacional como um símbolo da supremacia branca, o que os fazia torcer sempre pelo adversário em campo.


Uma história dessas não poderia deixar de virar filme. E no filme chamado Invictus, de Clint Eastwood, conta-se como Mandela planejou a nova sociedade sul-africana, dentre outras formas, usando o esporte como elemento unificador. Numa cena marcante, os jogadores da seleção sul-africana visitam o lugar onde Mandela esteve preso. Ali, o capitão da equipe se pergunta, Como alguém passa tanto tempo na prisão e ainda sai disposto a perdoar todo mundo?


A reconciliação foi uma escolha racional de Mandela. Na cela apertada, seu espírito voava. E ali, ele decidia ser o senhor do seu destino. Costumamos desresponsabilizar o indivíduo e criminalizar a sociedade. Claro que as estruturas sociais deixam poucas opções ao sujeito discriminado e marginalizado social e economicamente. Mas ainda há chances de escolhas e a consequência delas não pode ser creditada unicamente ao presidente, ao delegado, ao pastor, aos amigos, ao diabo.


Mandela, representado com a dignidade principesca do ator Morgan Freeman, recitava para si, na prisão: “Eu sou o senhor do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”. Em diversas oportunidades, nossas escolhas revelam o que queremos ser e o que devemos fazer. E até onde estamos dispostos a ir por nossos propósitos e princípios.


No país que esperava vingança, ele dava o exemplo de justiça. Embora tivesse defendido o enfrentamento armado durante parte de sua vida de luta contra o regime opressor, ele não foi derrotado pelas algemas do apartheid nem pelo revanchismo nos tempos da cólera racial. Por isso, tornou-se um homem invicto.


Respondendo à pergunta, Como alguém passa 27 anos na prisão e sai disposto a perdoar?


É que, em tempos de ódio e intolerância, não há gesto mais revolucionário que o perdão.


(Joêzer Mendonça, Nota na Pauta)

DOMINGO, JUNHO 13, 2010


O menino do pijama listrado

O que é o horror de uma guerra aos olhos de uma criança? O cenário nazista e o massacre dos judeus já foi muito utilizado nas telas dos cinemas, contudo, a diferença deste filme é que não vemos a guerra através do bravo soldado que dispara dúzias de tiros, nem dos generais e comandantes ditando suas ordens, mas aos olhos de uma criança, que apesar de tentarem explicar o motivo do “ódio ao judeu” não consegue realmente compreender o porquê de tanto ódio. Essa criança é o jovem garoto de 8 anos chamado Bruno (Asa Butterfield – novato no cinema, mas sua atuação é comovente e impressionante) que precisa deixar seus amigos da cidade e acompanhar ao pai soldado, maior orgulho, que foi promovido e precisa ir morar no campo. Lá, sozinho e tedioso, descobre que mora ao lado de uma “fazenda” que tem “moradores” estranhos, porque eles vivem vestidos de “pijamas”, e pela sua inocência se pergunta: Por que ainda estão de pijamas no meio do dia?


A partir da curiosidade ele conhece Shmuel (Jack Scanlon) e nasce uma amizade. Entre os furtos de comida para o novo amigo e suas conversas, Bruno começa a tentar entender os acontecimentos ao redor dele e com seu novo amigo. Apesar de se esforçar, não compreende o motivo das grades, dos “pijamas” e do ódio. Mas, como toda criança, a fé de sua inocência consegue manter a visão pura dos acontecimentos, confirmados na frase de Bruno: “Não se preocupe, Shmuel, logo os dois lados vão se entender e vamos poder brincar sem grades!”


Um filme bonito, emocionante, que faz refletir mais uma vez sobre a insensatez que as ações de um regime pode causar, não só no país, mas na célula fundamental que é a família.


(Adoro Cinema)


Nota: Pelo forte tom dramático, especialmente do fim da produção, não é aconselhado assistir com crianças.

Campo de concentração para galinhas

À espera de que minhas filhas tivessem idade suficiente para compreender a trama, aproveitei para reassistir com elas à animação "A Fuga das Galinhas" (DreamWorks, 2000). Vou abrir uma exceção e recomendar a primeira animação neste blog, não apenas porque ela promove boas qualidades como perseverança, coragem, espírito de equipe e amor ao próximo. Tenho outro motivo e já vou deixá-lo claro. Antes, um resumo da história para quem ainda não assistiu.


A produção, que utiliza a antiga e trabalhosa técnica de massa de modelar, mistura aventura e comédia, com pitadas de romance galináceo, mostra um galinheiro no norte da Inglaterra (a Granja dos Tweedy) dos anos 1950, com ares de campo de concentração. Ares, não. A correlação é explícita, exceto para crianças que ainda não conhecem a triste história da Segunda Guerra. As galinhas, lideradas pela brava Ginger, executam vários planos para tentar fugir da prisão, mas todos fracassam. Por que fugir? Simples: as galinhas que não botam a quantidade esperada de ovos são mortas e viram comida.


Cansada dor parcos lucros de sua granja, a ambiciosa Sra. Tweedy resolve comprar uma máquina de produzir tortas de galinha (seria uma alusão aos “chuveiros” dos campos nazistas?). Quando o galo norte-americano Rocky chega “voando” até a granja, Ginger imagina ser ele a esperança do galinheiro; a esperança da liberdade. Mas as coisas não saem exatamente como Ginger planejava. O resto, se você ainda não assistiu, fica por sua conta.


Bem, o motivo que me levou a recomendar esse filme dos mesmos autores de Wallace e Gromit é o sentimento que cria em relação aos animais. Do ponto de vista deles, ambientes como as granjas são exatamente campos de concentração criados para alimentar o prazer degustativo dos seres humanos. Imagino que dificilmente quem saboreia um McChiquen ou avista o logotipo da franquia Frango Frito, com aquele galinho sorridente, pensa no sofrimento a que são submetidas as galinhas criadas para a linha de produção alimentícia, forçadas a comer noite e dia, abarrotadas de ração acrescida de hormônios – tudo para que esteja pronta para abate em pouco tempo, acelerando os lucros de seus criadores/matadores.


Não sei se a intenção dos produtores era a de abraçar essa causa. Se foi, acertaram em cheio. Para minhas filhas e para mim, animais continuam sendo amigos, não comida.


Michelson Borges


Assista também: "A carne é fraca"

QUINTA-FEIRA, ABRIL 15, 2010


Testemunho para salvar casamentos

Quando um casamento vai mal, não faltam sugestões para salvá-lo: melhorar a comunicação; caprichar no romantismo; fazer um cruzeiro; dar pequenos presentes e demonstrações de afeto; etc. Tudo isso tem o seu lugar, mas a proposta do filme “A Janela” talvez seja a última em que alguém pensaria: testemunhe de Jesus para melhorar a vida conjugal. Isso mesmo. O filme, cujo roteiro é do pastor e evangelista Alejandro Bullón, foi produzido nos Estados Unidos, dublado em português, e tem duração de 28 minutos. Apesar de pequeno e singelo, traz uma mensagem poderosa e necessária.


Roberto e Júlia são recém-convertidos ao adventismo e resolvem orar por e fazer amizade com os vizinhos Francisco e Rosa, sem saber que o casal enfrenta o drama da perda do filho, morto por afogamento. Com o tempo, uma amizade genuína se forma entre eles e, consequentemente, de maneira natural, Deus é apresentado como a solução para os problemas e a desesperança.


Segundo o pastor e conselheiro familiar Marcos Faiock Bomfim, “a história é excelente para ilustrar o fato de que muitos casais conseguem enriquecer o casamento justamente quando tiram o foco apenas da própria relação e começam a trabalhar juntos por outras pessoas ou famílias. É só quando procuram trabalhar juntos, em parceria com Deus pela salvação de outras pessoas, que alguns se dão conta de sua falta de amor. E é quando pedem esse amor para auxiliar outras pessoas, que sua própria relação é abençoada”.


O filme pode ser muito útil para quem trabalha com famílias e deseja mostrar essa realidade, levando os casais a formar Duplas Missionárias de Casais para trabalhar por outras pessoas ou famílias.


O filme pode ser adquirido diretamente através do departamento de Ministério Pessoal (MIPES) da Associação da Igreja Adventista de sua região.


Michelson Borges

SÁBADO, JANEIRO 16, 2010


Mãos abençoadas

Se a história de superação pessoal e sucesso profissional do Dr. Benjamin Carson, contada nas páginas dos seus livros, já emocionou e inspirou milhares ao redor do mundo, menor impacto não pode se esperar do filme sobre sua vida. Lançada em fevereiro de 2009, nos Estados Unidos, a produção começou a ser vendida no Brasil em janeiro deste ano (www.allcenter.com.br). Estrelado por Cuba Gooding Jr., cuja semelhança física com o médico impressiona, o filme mostra como o garoto de família desestruturada, com baixo rendimento escolar e temperamento descontrolado, se tornou um dos maiores neurocirurgiões do mundo. Tendo como ponto de partida uma das operações mais difíceis da carreira de Carson, a separação dos gêmeos siameses ligados pela cabeça, o roteiro retrata a infância de “Bennie” e mostra como a influência da sua mãe, da leitura e da fé em Deus foram fundamentais para que ele sonhasse e voasse alto.


Apesar de ser pintado como um homem sensível, religioso, idealista e bom pai de família, o filme decepciona os adventistas que (como eu) esperavam ver alguma referência ao adventismo. Na produção, a fé tem papel importante, mas secundário, na biografia de Carson. O grande mérito de seu sucesso é atribuído à mãe. Embora o drama termine com a bem-sucedida cirurgia de 1987, o “milagre” que consagrou o médico, deixou de abordar, ainda que no material extra, aspectos importantes da vida dele: como o trabalho filantrópico de sua fundação (http://carsonscholars.org), as condecorações que recebeu do governo americano e sua luta contra o câncer de próstata em 2002.


De qualquer forma, ninguém vai se arrepender de assistir Gifted Hands, pois é um estímulo para os jovens, uma homenagem aos pais dedicados e um lembrete a todos os cristãos de que nossas “mãos” são poderosamente abençoadas quando nos colocamos nas mãos de Deus.


(Wendel Lima, jornalista)


Para saber mais sobre o Dr. Ben Carson, leia Ben Carson (1997) e Sonhe Alto(1999). Acesse www.cpb.com.br ou ligue 0800-9790606.

SEGUNDA-FEIRA, NOVEMBRO 02, 2009


De Sapo a Príncipe

O documentário “De Sapo a Príncipe” (chamada.com.br), de 28 minutos, produzido pela Creation Ministries, toca num dos pontos mais frágeis do darwinismo: a origem da informação complexa. O título é uma brincadeira para mostrar que o salto evolutivo necessário para transformar anfíbios em mamíferos é simplesmente impossível à luz da ciência. O vídeo traz a clássica entrevista com o biólogo ateu Richard Dawkins, na qual ele fica sem resposta a uma pergunta sobre a origem da informação biológica e pede que a câmera seja desligada para ele pensar, após vários segundos constrangedores sem dizer nada. Além de Dawkins, são entrevistados o biofísico Lee Spetner, de Israel, o biólogo molecular Michael Denton, da Nova Zelândia, o especialista em ciência da informação Werner Gitt, da Alemanha, e o biólogo Don Batten, da Austrália. Produção singela (infelizmente apenas legendada), mas útil para conhecer um dos mais fortes argumentos a favor do design inteligente.


Michelson Borges

DOMINGO, AGOSTO 02, 2009


Fé e batatas

O periódico The Youth’s Instructor, de 17 de outubro de 1944, publicou a seguinte história, relacionada com a grande decepção pela qual milhares de adventistas passaram após o dia 22 de outubro de 1844:


O Sr. John Howlett tinha em sua fazenda uma grande plantação de batatas. Sua esposa Lizzie um dia lhe perguntou:


– John, você não vai colher as batatas? Já passou muito da época de colhê-las.


– Eu sei, eu sei – respondeu ele. – Mas eu não vou colher as batatas.


– Não vai colhê-las? As batatas vão apodrecer embaixo da terra, quando chegar o inverno.


– Não se preocupe, Lizzie, Jesus está para voltar. Não vamos precisar guardar batatas para o inverno. Estaremos no Céu. Também não tenho tempo de colhê-las, pois preciso proclamar a mensagem da volta de Cristo.


– Está certo, está certo – respondeu Lizzie.


A zombaria dos vizinhos de John foi ainda maior quando se constatou que havia ocorrido um erro na interpretação das profecias relacionadas com o ano de 1844. Além de ser considerado louco por não colher as batatas na época certa, John foi também chamado de pregador de uma falsa mensagem. Mas, apesar do equívoco, Deus estava com Howlett e com os demais adventistas.


Com o coração ainda angustiado pelo despontamento, John Howlett resolveu colher as batatas. Naquele ano, uma praga atingiu as batatas que estavam armazenadas nos celeiros, e os vizinhos que haviam zombado de Howlett perderam toda a colheita. As batatas que ficaram no solo, entretanto, não foram atingidas pela praga. Howlett generosamente partilhou com os vizinhos sua colheita e isso impressionou grandemente aqueles que o haviam chamado de louco. Deus cuidara de Seu filho.


Quando assisti “O Fazendeiro e Deus” (Faith Like Potatoes, 2006), lembrei-me da história de Howlett, ocorrida há mais de um século e meio. O filme conta a história real de Angus Buchan, um fazendeiro africano descendente de escoceses. Quando a situação em Zâmbia fica complicada, Buchan vende sua fazenda e se muda com a esposa e os filhos para a África do Sul. Dono de um temperamento difícil e muito estressado com a dura tarefa de transformar um pedaço de terra num local produtivo, Buchan finalmente encontra a paz no momento em que entrega a vida a Jesus. Mas não é “só” isso: ele se torna um homem cuja fé é capaz até de ressuscitar mortos; um pregador simples, porém comprometido com a missão de mostrar às pessoas que Deus é real e se importa com Seus filhos.


Para Angus, a fé tem que ser como batatas: crescem de maneira invisível debaixo da terra, mas são reais como o ar que se respira. A vida dele, como a de muitos preciosos cristãos, é a expressão prática das palavras de C. S. Lewis: "O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, e, se é verdade, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância."


“O Fazendeiro e Deus” é um filme tocante que mostra o quanto Deus está disposto a agir na vida daqueles que se entregam de coração, não importa onde vivam ou quão pecadores tenham sido.


Michelson Borges


Obs.: Há pelo menos uma cena duvidosa no filme. A certa altura, o pai de um menino que havia falecido sonha com o filho e o garotinho diz estar esperando por ele. O ambiente do sonho lembra muito o da nova Terra, o que fará aqueles que creem no sono da morte entenderem se tratar da promessa da ressurreição, já que o menino disse estar esperando e não vendo "lá do Céu" o pai. Os que creem na imortalidade da alma farão outra leitura: que o menino estava consciente após a morte e que o sonho era mais do que um sonho. Assista aqui a verdadeira explicação do que ocorre na morte.

DOMINGO, MAIO 31, 2009


A Segunda Chance

O filme “A Segunda Chance” (EUA, 2006) tem como um dos atores principais o famoso cantor evangélico Michael W. Smith e oferece uma boa oportunidade de reflexão sobre a necessidade de se utilizar os modernos meios de comunicação (como a TV) na pregação do evangelho, sem esquecer de que a igreja deve tocar a vida das pessoas, ir até o lar delas, abraçar, se relacionar, abrir as portas e o coração para salvar.


Smith interpreta o pastor Ethan, filho do fundador no ministério The Rock, Jeremiah Jenkins. Para Ethan, o ministério é mais como um negócio. Cantor renomado, dono de uma bela casa, um carro caríssimo e autor de um livro, ele mal faz ideia do que seja o cristianismo prático. Por isso, o pai decide que ele precisa aprender um pouco mais sobre o verdadeiro trabalho de uma igreja e do pastor.


Ethan é enviado para auxiliar a Second Chance Community Church (Igreja da Segunda Chance), ligada ao ministério The Rock. Ali ele conhece o ex-presidiário e também pastor Jake (Jeff Obafemi Carr) que luta para salvar jovens afundados no mundo das drogas e da prostituição. A Second Chance representa para a comunidade, de fato, uma segunda chance de viver dignamente.


Os dois pastores, ainda que professem a mesma fé e pertençam ao mesmo ministério, batem de frente com a visão de trabalho diferente que têm. Para fazer a obra de Deus, eles devem superar essas diferenças e aprender lições profundas sobre tolerância, amor e fé. É uma segunda chance para os ministros também.


O filme mostra o encontro de dois mundos e a relevância do evangelho para ambos.


Michelson Borges

DOMINGO, ABRIL 12, 2009


Desafio do amor

O casamento está em vias de extinção. A cada ano, aumenta o número de divórcios no mundo. E, mesmo entre aqueles que resistem à “solução” da separação, muitos apenas se suportam, vivendo infelizes debaixo do mesmo teto. O filme “A Prova de Fogo” (Fireproof, dos mesmos produtores de “Desafiando Gigantes” e “A Virada”, já indicados aqui) toca nessa ferida, aponta os prováveis e mais comuns motivos desse problema e propõe a solução para ele.


Caleb Holt é capitão do Corpo de Bombeiros de Albany, EUA, tido como herói em sua cidade. A metáfora é evidente: ele salva pessoas quase todos os dias, mas é incapaz de salvar o próprio casamento. Percebendo a situação, o pai dele propõe um desafio antes de o casal partir para a separação. Relutante, Caleb aceita. (Detalhe: o ator principal é Kirk Cameron, que estrelou na adolescência uma série de sucesso e decidiu, depois, dedicar-se a projetos que promovessem o bem.)


A capa do DVD traz o slogan “Nunca deixe seu parceiro para trás”, que se aplica tanto para bombeiros quanto para casais. Comentários no site do filme deixaram claro que ele consegue fazer um retrato bastante preciso da triste realidade da fragmentação do matrimônio. Muita gente se sensibilizou e se identificou com a situação desesperadora do capitão Caleb e sua esposa Catherine.


O filme trata paralelamente e com certa discrição da batalha de todo homem (contra a lascívia) e de toda mulher (contra a vaidade). (Leia também: “A luta do homem e da mulher”. Com o relacionamento conjugal enfraquecido, Caleb é tentado pela pornografia na internet, enquanto Catherine começa a ceder às investidas de um jovem médico, em seu local de trabalho.


O “desafio do amor” proposto pelo pai de Caleb consiste em colocar em prática um simples programa de 40 dias no qual o cônjuge realiza pequenas atividades diárias com o objetivo de reconquistar o parceiro. Esse desafio acabou virando livro, com o título The Love Dare (O Desafio do Amor).


Quando chega à metade do desafio (lá pelo 20º dia), Caleb desanima ao perceber que nada parece estar dando certo. É aí que, mais uma vez ajudado pelo pai, ele percebe o que realmente está faltando em sua vida, e tudo muda – primeiro nele, depois na esposa. Afinal, como ensina o filme, não se pode dar aquilo que não se tem: o amor incondicional. Como e onde obtê-lo? É o grande “desafio” do filme.


Com esse tipo de amor, todo relacionamento se torna “a prova de fogo”.


Michelson Borges

DOMINGO, JANEIRO 25, 2009


Teoria de Tudo

Deus existe? Será a ciência capaz de comprovar sua existência ou trazer mais razões para a dúvida? Doug Holloway (David de Vos) é um homem de família à beira da ruína financeira e matrimonial quando embarca numa jornada ao encontro de seu pai biológico, o Dr. Eugene Holland (Victor Lundin), cuja meta é nada menos que a maior descoberta a ser feita pela física moderna, a comprovação da Teoria de Tudo, que poderia "provar" a existência de Deus. Seu maior desafio é alcançar sua meta antes de ser privado de sua capacidade de raciocínio por causa de uma doença cerebral degenerativa. Na luta por seus objetivos, pai e filho unem forças para fortalecer a família e buscar esperanças em Deus. Uma história comovente sobre família, fé e física teórica. A Teoria de Tudo o inspirará a considerar as possibilidades.


(Garagem da Fé)


Nota: Como ocorre em alguns filmes evangélicos (e não somente com os evangélicos, evidentemente), o roteiro acaba sendo meio "forçado" e pouco convincente em alguns momentos. Mas a tentativa de entrelaçamento entre fé e ciência nesta produção não deixa de ser interessante.[MB]

Madre Tereza

Uma vida devotada aos pobres, aos doentes e aos esquecidos. Conhecida como "a santa dos pobres mais pobres", Inês Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopja, capital da atual república da Macedônia. Aos 21 anos, mudando seu nome para Teresa, ingressou em um convento de Calcutá. Onze anos mais tarde, deixaria o convento e começaria a trabalhar nos bairros mais pobres da cidade, vindo a fundar em 1946 a Congregação das Missionárias da Caridade. Seu trabalho em favor dos mais necessitados rendeu a Madre Tereza o Prêmio Nobel da Paz e o reconhecimento de seu trabalho no mundo. Neste sensível e humano filme, o diretor Fabrizio Costa mostra a dedicação, a luta e a intolerância sofrida pela missionária.


(Interfilmes)

SEXTA-FEIRA, JANEIRO 09, 2009


Refúgio Secreto

Cornelia Johanna Arnolda ten Boom, mais conhecida como Corrie ten Boom, nasceu em Amsterdã, na Holanda, em 15 de abril de 1892. Membro de uma família cristã reformada, sua história de amor e dedicação ao próximo, não importasse quem fosse, se tornou conhecida em todo o mundo por meio de sua autobiografia intitulada Refúgio Secreto. A família Boom ajudou a salvar judeus durante a 2ª Guerra Mundial, escondendo-os em sua casa. Por isso mesmo, os Boom acabaram sendo levados para o campo de concentração Ravensbrück, na Alemanha, sofrendo fome e maus tratos nas mãos dos nazistas.


Os anos em que passou na prisão militar se constituíram numa intensa prova de fé para Corrie. Como amar pessoas tão más? Como perdoar os seguidores de Hitler por causar tanto mal aos inocentes? A morte da irmã Betsie, companheira de todos os momentos, foi um golpe duro para sua já abalada fé e capacidade de perdoar. Mas o exemplo cristão de Betsie falou mais alto. Seu último pedido foi que Corrie contasse ao mundo que mesmo no poço mais profundo é possível contemplar o amor de Deus e passá-lo adiante.


Por um engano dos nazistas, Corrie foi solta e, desde então, vem cumprindo a vontade da irmã. Após a guerra, Corrie retornou à Holanda para estabelecer centros de reabilitação. Depois ela visitou vários países e escreveu diversos livros, entre os quais o mais famoso, Refúgio Secreto, de 1971, que acabou virando filme e é distribuído no Brasil pela Comev (a dublagem em português deixa um pouco a desejar, mas a produção é boa e a história, comovente).


Corrie morreu em 1983, aos 85 anos, na Califórnia. Mas seu exemplo de amor e humildade ainda fala alto. “O que conta não é minha capacidade, mas minha resposta à capacidade de Deus”, escreveu.


Michelson Borges

DOMINGO, NOVEMBRO 30, 2008


O Peregrino

Na semana passada, assisti com minha família ao filme "O Peregrino", adaptação do clássico romance do escritor cristão John Bunyan (1628-1688), pregador nascido em Harrowden, Elstow, Inglaterra. O livro é uma alegoria da caminhada cristã rumo à vida eterna, passando pela salvação em Cristo. Dizem que é o segundo livro mais lido depois da Bíblia. Eu o havia lido há um bom tempo e foi bom recordar seu conteúdo por meio do filme que, apesar de um pouco antigo, é fiel à obra de Bunyan. Detalhe: um dos personagens principais é o Lian Neeson ("Lista de Schindler") em início de carreira. [Aproveite e leia o comentário que minha filha de seis anos fez no blog dela.]

QUARTA-FEIRA, NOVEMBRO 19, 2008


Criaturas Incríveis - Criação ou Evolução? (parte 1)

A Teoria da Evolução é verdadeira? Você já teve acesso a informações suficientes para avaliar entre criação ou evolução? O Dr. Jobe Martin descreve a si mesmo como sendo originalmente um evolucionista convicto e dedicado. Um dia, porém, após a aula na faculdade, um grupo de alunos veio até sua mesa com uma dúvida e um desafio que mudariam radicalmente sua vida. Eles simplesmente perguntaram se alguma vez ele tinha examinado a fundo as "suposições" darwinistas.


O Dr. Martin ficou perplexo! Ele estudara evolução por anos e jamais percebera qualquer "suposição". Entretanto, a idéia o intrigou e ele começou a estudar algumas peculiaridades específicas da Teoria da Evolução. Imediatamente, encontrou "suposições" que nunca vira antes; era como se uma lente escura tivesse sido removida e ele pudesse até mesmo ver que as suposições, de fato, existiam. Ele logo percebeu que certos mecanismos de sobrevivência dos animais jamais poderiam ocorrer aleatoriamente — mesmo num período de bilhões de anos.


Neste documentário. o Dr. Martin não apenas abre o jogo quanto a sua conversão de darwinista em criacionista, como também apresenta exemplos impressionantes de animais que foram projetados de maneira inteligente.


(Comev)

SEGUNDA-FEIRA, NOVEMBRO 10, 2008


A Virada

A produção é simples, a atuação de alguns atores deixa um pouco a desejar e o roteiro é bem singelo. Então, por que ver esse filme? Antes de responder à pergunta, uma consideração: as pessoas estão tão acostumadas a produções hollywoodianas milionárias carregadas de efeitos especiais e ação, que quando assistem a produções mais modestas (“A Virada” consumiu parcos 20 mil dólares) nem sempre se sentem satisfeitas em sua ânsia por entretenimento. Há filmes que devem ser vistos com outro tipo de olhar e com uma motivação que vá além do interesse no mero passatempo.


“A Virada” (“Flywheel”, no original, é uma peça essencial no motor dos automóveis) foi produzido pela Sherwood Pictures, a mesma que levou às telas o festejado “Desafiando Gigantes”. Na verdade, “A Virada” foi o primeiro filme deles, mas só agora foi lançado no Brasil. Escrito pelos irmãos Kendrick e estrelado por Alex Kendrick (o treinador Grant Taylor do filme “Desafiando Gigantes”), “A Virada” chega a ser um filme até mais convincente e se esforça para adicionar umas pitadas de bom humor na história.


Kendrick faz o papel de Jan Austin, um vendedor de carros usados que trapaceia seus clientes. Entretanto, em lugar de prosperar nos negócios, ele fica endividado, a relação com a esposa e o filho vai mal e mesmo sua vida religiosa se mostra uma farsa.


O filme segue meio monótono até certa altura, mas reserva alguns momentos surpreendentes e emocionantes mais para o fim, quando Austin percebe que sua vida pode ser diferente e que nem tudo está perdido. Que assim como o motor de um carro velho e parado pode ser consertado e posto em funcionamento com o simples virar de uma chave, sua vida também pode experimentar uma “virada” na direção da realização plena.


Por que assistir ao filme? Porque, a despeito das limitações técnicas, ele é capaz de mostrar que a fé traz sentido à vida quando permeia cada aspecto da existência; quando a religião deixa de ser um assunto de fim de semana e passa a ser um ingrediente importante do dia-a-dia.


Michelson Borges

QUINTA-FEIRA, SETEMBRO 11, 2008


Ensinando a Viver

Em “Ensinando a Viver” (“Martian Child”, EUA, 2007), David Gordon (John Cusack) é um escritor de ficção científica que ficou viúvo recentemente e resolve adotar Dennis (Bobby Coleman), menino órfão que acredita ser um marciano em missão de exploração na Terra. Ignorando os sábios conselhos de sua irmã Liz (Joan Cusack) sobre os perigos da paternidade, e o receio da diretora do orfanato, Sophie (Sophie Okonedo), David decide ser o pai do estranho garoto que afirma ser um alienígena. Mesmo com o apoio da amiga Harlee (Amanda Peet), por quem David está cada vez mais interessado, o aspirante a pai se vê completamente perdido. Para começar, David corre o risco de perder o prazo de publicação de seu próximo livro, o que está deixando seu já nervoso agente Jeff (Oliver Platt) bastante preocupado. E ainda há o assistente social, Lefkowitz (Richard Schiff), e seu Conselho, que têm sérias dúvidas sobre a capacidade de David de ser pai. Em meio a tudo isso, Dennis apresenta um comportamento bastante esquisito, e continua a insistir que veio do planeta vermelho.


Uma série de acontecimentos inexplicáveis acaba por deixar David em dúvida sobre se a alegação do menino realmente não passa de imaginação. Mas, seja qual for a verdadeira origem desse menino notável, David se apega cada vez mais a ele e descobre o poder transformador do amor paterno. Irmãos na telona e também na vida real John e Joan Cusack já se cruzaram diversas vezes nas películas, em produções diversas.


(Correio do Povo do Paraná)


Nota: Não achei o filme “tudo isso”. Mas é uma opção a mais em meio à enorme falta de opções.[MB]

TERÇA-FEIRA, SETEMBRO 09, 2008


De Porta em Porta

“De Porta em Porta” (“Door to Door”, 2002, 90 min) apresenta a história verídica de Bill Porter, um vendedor de porta em porta dos Estados Unidos. Seria uma história comum, com uma pitada de nostalgia para alguns, não fosse um detalhe: Bill tem paralisia cerebral. Mas isso não o impede de lutar pela sobrevivência, e mais: pela superação e reconhecimento. Quando pede uma chance de trabalhar para uma empresa, de início ele é rejeitado por suas limitações evidentes. Porter não se dá por satisfeito e insiste: pede que lhe seja dado o bairro mais difícil da cidade. Consegue o emprego e tenta vender seus produtos, sem muito sucesso, inicialmente. A mãe, sempre presente, o incentiva a não desistir, até que ele consegue vender algo para uma mulher solitária. Daí para frente, Porter não pára mais de vender. Mas não faz apenas isso. Ele acaba tocando a vida de toda aquela comunidade, interagindo com as pessoas dali por muitos anos. Torna-se mais que um vendedor; transforma-se num amigo.


A grande lição deixada pela mãe de Porter é: “persistência e paciência”. Ele aprendeu a lição e acabou se tornando um dos maiores vendedores de sua empresa. Para os vendedores de hoje, fica a lição: entender as necessidades dos clientes, ouvir de forma interessada, quebrar preconceitos, tornar-se “amigo”. Fica também a crítica aos modernos sistemas de vendas que tratam as pessoas como objetos de quem se deve arrancar dinheiro.


Não se pode deixar de destacar também a atuação de Kyra Sedgwick, Helen Mirren e Kathy Baker, que interpretam mulheres importantes na vida de Bill e cuja atuação (assim como a de William Macy) é excelente.


Um filme comovente e inspirador.


Michelson Borges

SÁBADO, AGOSTO 02, 2008


Antes de Partir

Rob Reiner não é o típico diretor-de-aluguel hollywoodiano. Quem tem no currículo This is Spinal Tap (1984), Conta Comigo (1986) e Harry & Sally (1989) já se põe acima da média. Mas o fato é que Reiner nem faz muita diferença em Antes de Partir (The Bucket List). A comédia dramática se justifica e se apóia, independente de qualquer outra coisa, no carisma de Jack Nicholson e Morgan Freeman.


Nicholson vive Edward Cole, milionário gestor de hospitais cujo lema é um número: dois leitos por quarto, nunca menos. Freeman é Carter Chambers, um mecânico que abandonou seus sonhos de juventude quando viu que teria uma família para alimentar. Quando os dois ficam fulminantemente doentes, seus caminhos se cruzam.


E se cruzam porque, para não desonrar seu lema, Edward, o dono do hospital, acaba no mesmo quarto de Carter. O estranhamento inicial logo se transforma em apoio mútuo. Ambos têm poucos meses de vida, e só um doente terminal para entender o tipo de drama que o outro vivencia. Do nada, Edward convence Carter a fugir e botar em prática uma lista de últimos - e excêntricos - desejos antes de "baterem as botas". Nos EUA, a expressão usada nesses casos é "chutar o balde", daí o título original do filme, A Lista do Balde.


Pouco antes das filmagens, por uma funesta coincidência, Nicholson teve que ser submetido a uma intervenção cirúrgica que o deixou de molho por meses. O fato de interpretar um personagem turrão à beira da morte evidentemente transtornou o ator - e o filme se beneficia do estado de espírito indômito de Nicholson. Ele atua com um senso de urgência que enriquece o personagem, em interessante contraste com a pose sempre professoral de Freeman. ...


Em entrevistas, Reiner diz que sua intenção principal era equilibrar bem o drama da pesada premissa com algum humor, e fazer com que o sentimento não descambasse para o sentimentalismo. Nesse ponto, ele realmente sai vitorioso. Antes de Partir lembra-nos a todo instante da situação pela qual passam os dois personagens - e, principalmente, faz isso com uma dureza visual que inviabiliza o água-com-açucar.


Exemplos: a hora em que Feeeman percebe que o catéter estourou e sua camisa ficou toda suja de sangue, ou a gigantesca cicatriz na careca de Nicholson. Rob Reiner não se furta a filmar a doença em close-up; meias-palavras e esquivas, ademais, não são muito freqüentes nos filmes do diretor. O tratamento que Antes de Partir dá ao drama chega a ser estranho, como quando o personagem de Nicholson recebe, com um close-up em seus óculos refletores, a notícia de que tem poucos meses de vida. É um plano de um anti-sentimentalismo realmente estranho, absurdo até.


E dizer que um filme é estranho e absurdo, vale lembrar, conta sempre como elogio.


(Marcelo Hessel, Omelete)


Nota: Gostei especialmente do diálogo dos atores a respeito da existência de Deus e do fato de o filme mostrar que, no fim das contas, o que mais importa não é o que conseguimos acumular em vida, mas os relacionamentos que construímos e as vidas que tocamos.[MB]

DOMINGO, JUNHO 22, 2008


O Caçador de Pipas

O filme “O Caçador de Pipas” (The Kite Runner, EUA, 2007) é a adaptação do belo e aclamado livro homônimo do afegão Khaled Hosseini. A emocionante história dos amigos Amir e Hassan tem como cenário os últimos anos da monarquia do Afeganistão, na década de 1970. É uma narrativa cheia de metáforas que envolvem importantes aspectos da vida como amor, honra, culpa, medo, traição e redenção. No primeiro capítulo do livro, Amir afirma ter descoberto que “não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar. Olhando para trás, agora, percebo que passei os últimos vinte e seis anos da minha vida espiando aquele beco deserto”. O tal beco foi palco de um crime que atormenta Amir por longos anos. E o filme tenta mostrar que todos têm uma chance de voltar a ser bons e devem enfrentar os “fantasmas” do passado.


Umas das metáforas é o próprio símbolo que dá nome ao livro e ao filme: a pipa. O brinquedo remete Amir aos anos felizes da infância. Com a dominação talibã, após a invasão russa, até essa inocente brincadeira é banida do Afeganistão. E a inocência é banida da vida de Amir.


Fugindo da guerra, Amir e seu pai se mudam para os Estados Unidos em busca de vida nova. Amir se forma na faculdade de Medicina, conquista seu grande objetivo de publicar um livro, casa-se com uma jovem filha de um general afegão, mas, mesmo assim, os ecos da infância não silenciam. Até que um amigo doente que havia ido morar no Paquistão lhe telefona, faz um convite, propõe um desafio e oferece a chance que Amir precisava para fazer as pazes com seu passado.


O filme termina com o personagem novamente empinando uma pipa e deixa a sugestão implícita de que o perdão e a paz podem nos fazer sentir leves como um brinquedo de papel voando no céu. A redenção está ao alcance de todos. Basta querer.


Apesar de não ter comparação com a história comovente criada por Hosseini, o filme vale a pena e agrada aos que leram o romance, com a ressalva de que há pelo menos dois momentos fortemente dramáticos que tornam a produção não recomendável para crianças.


Michelson Borges

SEGUNDA-FEIRA, MARÇO 10, 2008


A Última das Guerras

A princípio, "A Última das Guerras" parece mais um daqueles filmes de guerra com muitas explosão e sangue pra todo lado. Infelizmente, como todo filme de guerra, há explosão e sangue, sim. Mas não fica só nisso. O filme, baseado em fatos reais, focaliza o auge da 2ª Guerra Mundial, em 1942, quando a Cingapura é invadida por tropas japonesas. Um grupo de soldados aliados é levado para um campo de prisioneiros de guerra na selva da Birmânia. Ali há total desrespeito pela Convenção de Genebra e pelos direitos humanos. Os soldados passam fome, adoecem, são torturados e forçados a construir uma ferrovia em meio à mata selvagem. Enquanto um grupo tenta organizar a fuga e se alimenta do desejo de vingança, outro se volta para o estudo da filosofia, da literatura e da Bíblia Sagrada. E é nesses estudos que eles encontram esperança para continuar vivendo e adquirem a capacidade de perdoar até mesmo seus captores.


O filme, como se trata de uma história de guerra, traz cenas fortes e não deve ser visto por todo tipo de pessoa(especialmente crianças). Mas é um retrato nu e cru do que o ser humano pode se tornar quando não tem Deus na vida - e do que pode vir a ser quando permite que Deus tome conta de si.


Michelson Borges

DOMINGO, FEVEREIRO 17, 2008


Entre Dois Mundos

O filme “Entre Dois Mundos”, dirigido por Vic Sarin, mostra o quanto o preconceito e o ódio inspirados pela religião podem ser destrutivos. Com o fim da dominação inglesa sobre a Índia, em 1947, o país passou a enfrentar os efeitos do esfacelamento e da intolerância entre muçulmanos, sikhs e hindus. De início, a divisão em duas nações distintas - Índia e Paquistão - foi bem acolhida por alguns muçulmanos como uma solução para os conflitos inter-religiosos. Mas essa iniciativa acabou gerando uma migração em massa, obrigando os hindus a abandonarem suas terras e viajarem para o sul, enquanto os muçulmanos se deslocaram para o norte. Milhares de pessoas, ao cruzar a fronteira, foram assassinadas, especialmente as mulheres.


Num desses ataques contra um grupo de refugiados muçulmanos, Nassem (Kristin Kreuk, de Smallville) é salva por um ex-soldado sikh chamado Gian. O jovem, cansado dos horrores da guerra, se refugia numa vida simples de agricultor e se vê obrigado a enfrentar os próprios conterrâneos para defender a moça por quem acaba se apaixonando.


É um drama bem construído que mostra que o amor verdadeiro pode sobrepujar diferenças raciais e religiosas. O caráter bondoso de Gian e sua decisão de acolher a muçulmana Nassem até lembram a história bíblica de Rute e do nobre Boaz.


Quando Nassem descobre que sua família está viva no Paquistão, o que parecia a possibilidade de um feliz reencontro acaba se tornando no pior pesadelo de sua vida.


Infelizmente, a tragédia retratada no filme parece longe de ter fim, já que, desde sua independência da Grã-Betanha, a Índia e o Paquistão já travaram três guerras pelo controle da Caxemira, que foi dividida entre os dois países.


O filme é bom, mas deixe algumas caixas de lenços à mão...